No período anterior ao início dos jogos olímpicos, corredores viajavam por toda a Grécia marcando o período de trégua sagrada, na qual todas as batalhas e guerras deveriam cessar, para que a população pudesse, ao menos, chegar segura em Olímpia.
Contudo, isso ocorria nos tempos antigos. Na era moderna nem sempre é assim. Atentados terroristas já ocorreram em Munique e Atlanta. Além de dizer que três edições dos jogos não foram estabelecidas devido à ocorrência das duas grandes guerras.
Nesta edição de 2008, outra crise se estabelece. Ao menos duas mil pessoas já morreram no conflito na região da Ossétia do Sul.
A crise no Cáucaso se estende desde os períodos do império russo, quando os czares uniram militarmente as diversas regiões e povos distintos sob um mesmo governo. Situação que se manteve durante o comando do Partido Comunista Russo.
Com o fim da União Soviética, contudo, todas essas regiões passaram a buscar sua independência. E a Ossétia do Sul é uma dessas regiões. Pertencente à Geórgia, há tempos ela busca a sua autonomia, sendo que já se auto-proclamou independente, mas não foi reconhecida internacionalmente por nenhum outro país. Uma alternativa vista por eles é a união com o restante de sua etnia que vive na região russa da Ossétia do Norte.
Entre 1990 e 1992 um confronto militar já havia sido travado entre Geórgia e Rússia, depois que o Congresso de Deputados Populares da região proclamou a sua soberania. Outras duas mil pessoas morreram naquela ocasião. Hoje, o conflito se reativa depois pela influência de a província sérvia de Kosovo ter conquistado sua independência.
O que se mostra é que a Rússia ainda luta por controle sobre as ex-repúblicas soviéticas, que a todo o momento tendem a se aproximar com os EUA e o Ocidente, como no caso das aspirações da Geórgia em integrar a Otan. Além de que o presidente da Geórgia é aliado dos norte-americanos, sendo o seu governo o terceiro com mais tropas no Iraque.
Moscou enfrenta uma crise geopolítica para manter sua esfera de poder, mas o que faz dessa região 1,5 vez maior que o território de Luxemburgo e com uma população estimada em 70 mil pessoas tão cobiça dessa forma? O fato é nos últimos anos a região tem aumentado a sua importância estratégica na rota do transporte de petróleo e gás natural. Assim, interesses econômicos acirram as tensões.
Os conflitos separatistas – que contam com o apoio russo em termos militares e financeiros – já se espalharam, atingindo também a região da Abkházia, fazendo com que a Geórgia decretasse estado de guerra.
Enquanto o governo georgiano reclama a intervenção dos Estados Unidos – que faz o possível para retardar a ajuda, pois já se encontra suas atenções voltadas para o Iraque e Afeganistão – a Rússia responde enviando tropas para o território, alegando a defesa e proteção da população civil. Isso faz com que a Geórgia mobilize os seus reservistas e até mesmo passe a convocar seus militares que se encontram no Iraque. E ao usar de ataques aéreos, tanques e artilharia pesada, a Rússia sinaliza que está preparada para enfrentar um conflito mais intenso e mais longo.
Se o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tem conseguido chegar a nenhuma conclusão, tememos agora a repercussão da crise. Depois de dialogar sobre a Paz a pouco tempo, percebo que é cada vez mais difícil atingí-la.
Contudo, isso ocorria nos tempos antigos. Na era moderna nem sempre é assim. Atentados terroristas já ocorreram em Munique e Atlanta. Além de dizer que três edições dos jogos não foram estabelecidas devido à ocorrência das duas grandes guerras.
Nesta edição de 2008, outra crise se estabelece. Ao menos duas mil pessoas já morreram no conflito na região da Ossétia do Sul.
A crise no Cáucaso se estende desde os períodos do império russo, quando os czares uniram militarmente as diversas regiões e povos distintos sob um mesmo governo. Situação que se manteve durante o comando do Partido Comunista Russo.
Com o fim da União Soviética, contudo, todas essas regiões passaram a buscar sua independência. E a Ossétia do Sul é uma dessas regiões. Pertencente à Geórgia, há tempos ela busca a sua autonomia, sendo que já se auto-proclamou independente, mas não foi reconhecida internacionalmente por nenhum outro país. Uma alternativa vista por eles é a união com o restante de sua etnia que vive na região russa da Ossétia do Norte.
Entre 1990 e 1992 um confronto militar já havia sido travado entre Geórgia e Rússia, depois que o Congresso de Deputados Populares da região proclamou a sua soberania. Outras duas mil pessoas morreram naquela ocasião. Hoje, o conflito se reativa depois pela influência de a província sérvia de Kosovo ter conquistado sua independência.
O que se mostra é que a Rússia ainda luta por controle sobre as ex-repúblicas soviéticas, que a todo o momento tendem a se aproximar com os EUA e o Ocidente, como no caso das aspirações da Geórgia em integrar a Otan. Além de que o presidente da Geórgia é aliado dos norte-americanos, sendo o seu governo o terceiro com mais tropas no Iraque.
Moscou enfrenta uma crise geopolítica para manter sua esfera de poder, mas o que faz dessa região 1,5 vez maior que o território de Luxemburgo e com uma população estimada em 70 mil pessoas tão cobiça dessa forma? O fato é nos últimos anos a região tem aumentado a sua importância estratégica na rota do transporte de petróleo e gás natural. Assim, interesses econômicos acirram as tensões.
Os conflitos separatistas – que contam com o apoio russo em termos militares e financeiros – já se espalharam, atingindo também a região da Abkházia, fazendo com que a Geórgia decretasse estado de guerra.
Enquanto o governo georgiano reclama a intervenção dos Estados Unidos – que faz o possível para retardar a ajuda, pois já se encontra suas atenções voltadas para o Iraque e Afeganistão – a Rússia responde enviando tropas para o território, alegando a defesa e proteção da população civil. Isso faz com que a Geórgia mobilize os seus reservistas e até mesmo passe a convocar seus militares que se encontram no Iraque. E ao usar de ataques aéreos, tanques e artilharia pesada, a Rússia sinaliza que está preparada para enfrentar um conflito mais intenso e mais longo.
Se o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tem conseguido chegar a nenhuma conclusão, tememos agora a repercussão da crise. Depois de dialogar sobre a Paz a pouco tempo, percebo que é cada vez mais difícil atingí-la.
12 outro(s) grão(s) se juntaram a este.
é triste tudo isso, guerra pelo poder, dinhiro, status.. e sei lá mais oq.. e quem sofre é a população que não tem nada haver com a guerra deles, claro que tem os manisfestante que apoia um lado e outro.. mas o ofrimento é grande..
eu vi em uma reportagem que não me lembro agora onde tinha um Sra. com o corpo quase desfigurado jogada na rua como se fosse uma saco de lixo..
abç..
http://www.analucianicolau.adv.br/
A coisa tá feia por lá... E não duvido que venha a piorar em breve. Se continuar após as Olimpíadas é quase certeza que haverá intervenção da ONU e principalmente dos EUA que sempre mete o bedelho onde não chamam, e que por sua vez apoiará a Geórgia por ter suas intrigas históricas com os soviéticos.
Não dá pra saber que rumo essa história vai tomar. Que não seja dos piores...
[]'s
http://musica-holic.blogspot.com/
Pois então, logo que se iniciou a campanha norte-americana no Afeganistão havia quem atentasse para a possibilidade de que ela tivesse mais a ver com o oleoduto da Geórgea que com combates anti-terroristas.
Você mesmo escreveu o texto, ou copiou de lagum lugar e "esqueceu" de dar os créditos?
Concordo com você Rosângela, qualquer guerra traz grande sofrimento a pessoas inocentes dentro do contexto que vivem, e Jonatas, espero também que o rumo dessa história não seja para pior.
Paulo, o texto foi escrito por mim, tendo como base tudo o que já foi dito pelos noticiários e por conhecimentos prévios da questão.
All3X
Se é que um dia ela (a paz) foi realmente focada.
O que á a paz, afinal?
Um mundo sem guerras não é o bastante!
É impressionante a quantidade de problemas históricos que envolvem algumas das ex-repúblicas socialistas do Leste Europeu (no caso, euroasiática). Na região dos Bálcãs, já tivemos a proclamação de inúmeras independências e a declaração de pelo menos uma guerra para cada uma.
A Rússia não sabe lidar com as diferenças étnicas e com a "rebeldia" de ex-repúblicas soviéticas. A Chechênia é o exemplo mais famoso. Agora, o caso Ossétia do Sul. Ninguém cede, não há diálogo e as pessoas morrem. É um ciclo irritante. E agora, em tempos olímpicos.
Até mais!
Nem tenho mais o que acrescentar, está correto Daniel, e esse ciclo deve ser quebrado, falta saber como.
All3X
Cara, é um conflito que na vewrdade nca parou, eu vivo em paris e aqui chegam coisas que aí não, todos os dias nos últimos 3 anos houve confronos de pequeno porte, o tempo todo.
A paz talvez seja uma dessas quimeras impossíveis criadas pelo homem moderno. Acredito que este desejo incrível de habitar o que do outro vai perdurar enquanto este planeta respirar.
Escrevi sobre isso no meu blog tbm ... como é que podem decretar cessar fogo e minutos depois os tanques bombardearem cidades !!!
É muito bonitos os povos de mãos dadas durante as olimpíadas e no dia seguinte viram as costas.
Hipocrisia eh fods
Enfim isso vai persistir pela vida toda
Te espero la no meu!
Edu, tendo conhecimento de maiores informações, você tem maior capacidade de analisar o fato. Mas Michel e Tales, não vejo que seja impossível alcançarmos um equilíbrio entre as sociedades, é algo que demanda tempo, mas que com trabalho se pode realizar.
E isso mesmo Erich, quis contrapor justamente o parodoxo humano na postagem.
Valeu a todos,
All3X
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