A Maturidade de Ideais

Grão lançado ao ar por All3X às 18:15 de segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Desde o advento do Estatuto pertinente à infância e à juventude, todas as crianças e adolescentes passam a usufruir de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e, além disso, são titulares de proteção integral devido à sua peculiar condição de pessoas em desenvolvimento.
Após postar conteúdo relativo a essa matéria aqui anteriormente, se notou que muitos internautas, reproduzindo o que já vem sido discutido na nossa sociedade, revelam certa crítica de como o ordenamento atual regula as relações infanto-juvenis.
Na realidade, o atual garantivismo feito para abarcar tal segmento da população demonstra total harmonia com o que se objetiva por uma construção de uma sociedade mais justa, livre e solidária. O que há de destoante é que há ausência ou insuficiência de políticas públicas básicas capazes de propiciar uma efetiva e eficaz realização desses direitos assegurados.
A fragilidade e deficiência dessas estruturas não conseguem assegurar uma implementação contínua e sistemática do ordenamento vigente para torná-lo condizente com a realidade social.
No mais, o Estado se encontra incapaz de implementar sozinho tais direitos, uma vez que é dever também da sociedade civil organizada e da família também os garantir.
A finalidade de tais dispositivos jurídicos se dá com a finalidade de que toda criança e adolescente possam ter condições seguras e saudáveis de chegarem à maturidade aptos de se tornarem indivíduos sociais cônscios de seus direitos e deveres. Por se tratarem das células sociais que darão continuidade ao prosseguir a vida humana, necessitam elas de tratamento especial.
Se quisermos preservar o amanhã e torná-lo mais justo, devemos impedir a perpetuação da marginalização da qual estão inseridas muitas crianças e adolescentes. Sem que com isso deixemos de cobrar deles sua responsabilidade de sujeitos que possuem não só direitos, mas também deveres com a coletividade.

Postagens Relacionadas

Gostou deste artigo? Então deixe um comentário e assine nosso RSS Feed.
Imprimir esta página | Enviar para o Twitter | Recomendar no diHITT | Feed dos comentários

15 outro(s) grão(s) se juntaram a este.

  1. humor lecal disse:
    Postado em terça-feira, setembro 30, 2008 8:29:00 PM

    bela postagem

     
  2. Malcan disse:
    Postado em terça-feira, setembro 30, 2008 8:29:00 PM

    temos de cuidar de nossas crianças. Só o estatuto não garante o futuro delas, mas sim comprimento das leis que constam nela.

     
  3. Postado em terça-feira, setembro 30, 2008 8:36:00 PM

    Muito bom esse blog, e, sabe, esse negócio de comentar em blog é muito bom, mas ao mesmo tempo dá vontade de comentar em todos-o que nunca é possível!

    Parabéns pelo blog e espero encontrar esse link novamente lá no Central pra mim passar por aqui de novo.

    Até logo!

     
  4. Postado em terça-feira, setembro 30, 2008 10:45:00 PM

    sem querer, o mundo contamina as crianças antes mesmo de estarem prontas para a adolescência.

    Acabou-se o tempo em que podia dar umas boas palmadas nos filhos para educa-los.

    Hoje tudo deve ser psicologicamente.
    Mas o mundo, não quer saber de psicologia... e deixam a criança maliciosa, desobediente e irritada.

    Está dificil colocar um filho no mundo na geração de hoje. Muito mais trabalhoso de criar o filho hoje do que há dez anos atrás.

    É impossível impedir o mundo de ensinar coisas ruins aos nossos filhos. Completamente impossível.

    Vamos torcer para que a sociedade em si, se una para formar o futuro bem melhor para os nossos netos.

    abçs

    Lucas de Oliveira

     
  5. Anônimo
    disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 8:19:00 AM

    Todo o futuro nas mãos destes pequenos (na verdade eles são o futuro!) e agente parece ignorar.

    Até "o reino dos céus é das crianças!"
    Esses pequenos são muito importantes!

     
  6. sacodefilo disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 9:07:00 AM

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  7. sacodefilo disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 9:08:00 AM

    Pois é... o problema do ECA é exatamente ser uma lei... (estranho?)... só uma lei. No Brasil as pessoas acham que se pode resolver tudo com um documento que estabeleça normas de funionamento. Não é bem assim, se não houver estrutura para isso, as leis não servem de nada. E foi o que aconteceu com o ECA.
    Dê uma olha na situação da educação no Brasil (não estou falando daquela da propaganda que só engana que o quer).
    Vamos dar uma olhada nos programas de encaminhamento ao mercado de trabalho... pontualmente um ou outro aparece como caso de execeção.... no geral temos uma leva de pessoas sem rumo aos 19 anos ou mesmo depois da faculdade...

    Temos muitas leis (essa é a questão) e pouca estrutura para efetivá-las (esse é o problema)...

    Dessa forma, o ECA se tornou uma ferramenta que acabou servindo para resguardar o direito à marginalidade impune do menor... Isso é o que acontece quando se faz as coisas pela metade.

     
  8. All3X disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 10:48:00 AM

    Malcan,o Estatuto veio para justamente lembrar a responsabilidade de todos nessa tarefa que, como Du disse, é muito importante.
    Lucas, sei o quanto é difícil essa tarefa, tempos mudam, novos desafios são criados...
    Mas isso não nos dá o direito de não tentarmos fazer algo para alterar a questão.
    E como você disse, psicólogos realmente não gostam que as crianças levem nenhuma palmada. Mas ainda assim, legalmente os pais podem usar da força sim para educar os filhos, desde que façam com moderação.
    E Marcelo, você tocou em um ponto importante, vivemos na geração do império das leis. Tudo que se encontra errado, a sociedade acredita que editando novas leis resolverá a questão. Mas esquecemos do primordial, que é justamente mudar a realidade social.
    E Rubens, pode voltar mais vezes sim.
    Valeu, All3X

     
  9. Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 11:15:00 AM

    Concordo com muito de seu posicionamento.
    Não acredito que o ECA seja o problema, mas sim a falta de estruturação política e social para garantir o que em lei descrito.
    E, somente com uma postura coletiva de conscientização, é que se tornará possível a mudança.
    Clichê?!
    Pode até ser... mas que até hoje não foi posto em prática.
    Nos tornamos apáticos!

    ;D

    bjus

     
  10. All3X disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 11:30:00 AM

    Muito bom Karla, pois por mais que possa parecer repetido esse pensamento, nunca foi tomado na prática. Valeu,
    All3X

     
  11. Anônimo
    disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 11:30:00 AM

    Acho engraçado quando julgam radicais determinadas propostas vindas principalmente de partidos com tendência à esquerda, por exemplo. Quando eles afirmam que querem democratizar o ensino, assegurar o direito à saúde, promover o bem estar e fazer valer os direitos de nossa constituição logo vem um jornalista e o tacha de "radical".

    Ora, radical é ser displicente em relação a um estado de direito. Temos deveres também, claro, muitos deles cada vez mais sujeitos a vigia do Estado, como a questão dos impostos. Mas,quando é a nossa vez de reinvidicar, torna-se idealista, tradicional, comunista.

    Aparentemente, ninguém dá bola para isso também. Torna-se mais cômodo esperar o mês de agosto, pegar o telefone e doar para o "Criança Esperança".

     
  12. Anônimo
    disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 11:38:00 AM

    Concordo plenamente com vc.

    Vou indicar essa postagem pra Dra. Ana comentar.

    Abç..

     
  13. All3X disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 12:10:00 PM

    É Michel, somos contraditórios mesmo. O pior é crer que o Criança Esperança, mesmo sendo uma boa iniciativa, pode mudar o mundo...
    E Rosângela, pode indicar sim, eu agradeço.
    All3X

     
  14. Postado em quarta-feira, outubro 01, 2008 3:07:00 PM

    Immanuel Kant chama isso de Maioridade Intelectual: devemos pensar por nós mesmos, em vez de dependermos sempre do que pensam os outros, do que acham os outros ou do que disseram ou escreveram os outros.

     
  15. Anônimo
    disse:
    Postado em quarta-feira, outubro 08, 2008 10:39:00 AM

    Post bacana.

     

Postar um comentário

"Cuidado... ao dizer alguma coisa, cuide para que suas palavras não sejam piores que o seu silêncio."
Não se intimide, seja livre para comentar!

Areias do tempo:

Grãos Associados:

BlogBlogs: