"Ver um mundo em um grão de areia/ e um céu numa flor selvagem/ é ter o infinito na palma da mão/ e a eternidade em uma hora". William Blake
Distante dos centros urbanos, em mosteiros e abadias construídos em locais remotos, um monge de alguma ordem religiosa tinha como maior tarefa, após manter a limpeza de seu ambiente, se dedicar à oração e aos estudos. Ali, em seu claustro, ele se põe, em silêncio, a reproduzir cópias manuscritas dos mais variados textos: de tratados de matemática, passando por anotações de filosofia, documentos canônicos e mesmo obras literárias.
Ao se debruçar sobre as escrituras, o copista não só repete o artifício, como também aprimora seu pensamento e permite a ampliação do acervo bibliográfico. Hodiernamente, o blogueiro possui, aprimoradamente, tarefa semelhante. Sentado em frente ao teclado, em local que guarda semelhança com o de trabalho de um monge copista, o scriptorium (que dá origem ao termo escritório), ele se incumbe de transmitir o mais vasto número de conteúdo pelos meios tecnológicos então disponíveis.
Afrontam-se seu afazer o censurando por estar afastado dos fatos e ainda assim ousar os debater. Criticam-no por crer ser vão o trabalho de reflexão sem a ação, sem permitir que seja praticado tudo aquilo que antes se encontra encerrado no mundo das ideias. Ao completar Um módico Ano que registro neste blog minhas ponderações acerca de alguns episódios, quero alterar tal posicionamento.
“A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar o que ninguém pensou sobre algo que todos vêem”. Não tenho nem mesmo a pretensão apresentada pelo filósofo alemão Arthur Schopenhaurer, por mais que possa concordar com ele. Meu desejo maior aqui neste blog é apenas fomentar o debate, reacender a centelha da discussão. Se não consigo sozinho pensar diferente, espero que compartilhando opiniões seja capaz de enxergar além do senso comum.
Todo projeto carece de passar primeiramente pela teoria, pela reflexão. Não se trata, bem sei, de uma tarefa que se encerra em si mesma. Não se dirige ao nada, mas a um destinatário. Não estou a lançar meus pequenos Grãos de pensamentos ao Infinito, entendido puramente como o vazio. Ao contrário, me proponho justamente a espalhar ao vento no anseio de encontrar solo fértil e germinar, encontrando alguém que vá ler e, assim, refletir. Não há a necessidade de o leitor alterar o modo pelo qual ele enxerga o mundo, mas, ao menos, cultivar o exame crítico das situações.
Ainda almejo a prática, pois com condutas reformuladas, não só o nosso modo de ver, mas também de agir perante os fatos serão revistos. Aos poucos, hábitos arraigados são filtrados e, de tal modo, passamos a pensar aquilo que ninguém pensou sobre algo que todos enxergam. Não mais nos encontramos afastados do convívio social, mas a ele estamos sujeitados imperiosamente. Não há alternativa de disfarçar que podemos viver sem nos preocupar com o que nos cerca. O que faz premente a análise individual da vida.
Suscitando e estimulando o debate, aspiro a formar, ou fortalecer, opiniões – sejam elas favoráveis ou contrárias ao meu pensamento, mas que estejam fundadas em alicerces racionais. É a nossa convicção, aquilo tudo em que acreditamos, que vai nortear e influenciar a nossa conduta social. Sempre se diz que para se fazer transformações na sociedade brasileira é preciso, antes de qualquer outra coisa, alterar a cultura da população. Pois aqui estou eu a fazer, não atingindo número crescente de destinatários, mas cumprindo minha pequena tarefa individual, e buscando a reforma de mentalidade.
Utilizando-me de ensinamentos de Cassiodoro, preciso lembrar que devemos muito a todos aqueles que, por meio das suas transcrições, ‘pela tinta e pela pena’, deixaram-nos um vasto legado. Pois nestes momentos, em minha exortação Urbe et Orbi ("para a cidade e para o mundo" – que aqui assemelho aos blogs em sua destinação), com o labor que me reservo, faço meus próprios comentários em notas de rodapé sobre todo o material anteriormente já rascunhado, produzido e visto. Venha também fazer o seu.
Ao se debruçar sobre as escrituras, o copista não só repete o artifício, como também aprimora seu pensamento e permite a ampliação do acervo bibliográfico. Hodiernamente, o blogueiro possui, aprimoradamente, tarefa semelhante. Sentado em frente ao teclado, em local que guarda semelhança com o de trabalho de um monge copista, o scriptorium (que dá origem ao termo escritório), ele se incumbe de transmitir o mais vasto número de conteúdo pelos meios tecnológicos então disponíveis.
Afrontam-se seu afazer o censurando por estar afastado dos fatos e ainda assim ousar os debater. Criticam-no por crer ser vão o trabalho de reflexão sem a ação, sem permitir que seja praticado tudo aquilo que antes se encontra encerrado no mundo das ideias. Ao completar Um módico Ano que registro neste blog minhas ponderações acerca de alguns episódios, quero alterar tal posicionamento.
“A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar o que ninguém pensou sobre algo que todos vêem”. Não tenho nem mesmo a pretensão apresentada pelo filósofo alemão Arthur Schopenhaurer, por mais que possa concordar com ele. Meu desejo maior aqui neste blog é apenas fomentar o debate, reacender a centelha da discussão. Se não consigo sozinho pensar diferente, espero que compartilhando opiniões seja capaz de enxergar além do senso comum.
Todo projeto carece de passar primeiramente pela teoria, pela reflexão. Não se trata, bem sei, de uma tarefa que se encerra em si mesma. Não se dirige ao nada, mas a um destinatário. Não estou a lançar meus pequenos Grãos de pensamentos ao Infinito, entendido puramente como o vazio. Ao contrário, me proponho justamente a espalhar ao vento no anseio de encontrar solo fértil e germinar, encontrando alguém que vá ler e, assim, refletir. Não há a necessidade de o leitor alterar o modo pelo qual ele enxerga o mundo, mas, ao menos, cultivar o exame crítico das situações.
Ainda almejo a prática, pois com condutas reformuladas, não só o nosso modo de ver, mas também de agir perante os fatos serão revistos. Aos poucos, hábitos arraigados são filtrados e, de tal modo, passamos a pensar aquilo que ninguém pensou sobre algo que todos enxergam. Não mais nos encontramos afastados do convívio social, mas a ele estamos sujeitados imperiosamente. Não há alternativa de disfarçar que podemos viver sem nos preocupar com o que nos cerca. O que faz premente a análise individual da vida.
Suscitando e estimulando o debate, aspiro a formar, ou fortalecer, opiniões – sejam elas favoráveis ou contrárias ao meu pensamento, mas que estejam fundadas em alicerces racionais. É a nossa convicção, aquilo tudo em que acreditamos, que vai nortear e influenciar a nossa conduta social. Sempre se diz que para se fazer transformações na sociedade brasileira é preciso, antes de qualquer outra coisa, alterar a cultura da população. Pois aqui estou eu a fazer, não atingindo número crescente de destinatários, mas cumprindo minha pequena tarefa individual, e buscando a reforma de mentalidade.
Utilizando-me de ensinamentos de Cassiodoro, preciso lembrar que devemos muito a todos aqueles que, por meio das suas transcrições, ‘pela tinta e pela pena’, deixaram-nos um vasto legado. Pois nestes momentos, em minha exortação Urbe et Orbi ("para a cidade e para o mundo" – que aqui assemelho aos blogs em sua destinação), com o labor que me reservo, faço meus próprios comentários em notas de rodapé sobre todo o material anteriormente já rascunhado, produzido e visto. Venha também fazer o seu.
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