Em breve, dicas de segurança para seu blog

Confiabilidade na BlogosferaÉ crescente o interesse e a participação de vários internautas na esfera de circulação de conteúdo dos blogs. Visando à segurança do espaço (conhecido no meio como ‘blogosfera’) e dos próprios autores que o mantêm, o iceBreaker (mantido pelo colega Sérgio Estrella) elaborou e, numa parceria com diversos outros blogs selecionados – o Grãos de Areia é um deles – divulgará uma coletânea de dicas de segurança para blogs da plataforma Blogger.

Dia 10 de agosto venha conferir neste espaço o lançamento oficial do e-Book e receba dicas preciosas para você que é bloguista. Assista ao vídeo e confira as informações:


Atualização: Faça download do e-Book a partir daqui.

O Voo da Águia

...quem conta um conto...

“Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez naLua. [...] Viemos em paz, em nome de toda a Humanidade”. Com essa inscrição, gravada numa placa metálica juntamente com a assinatura do presidente estadunidense Richard Nixon, os astronautas Neil A. Armstrong, Edwin E. "Buzz" Aldrin Jr. e Michael Collins deixaram o registro da presença humana em solo lunar naquele julho de 1969. Feito notoriamente histórico, a imagem do homem pisando na Lua vem simbolizar o extraordinário avanço tecnológico alcançado pelas gerações do século XX.

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A conquista do EspaçoEm nenhum outro momento das civilizações se conseguiu tamanho progresso científico como no breve período do último século. No encalço da tecnologia que conseguiu realizar a viagem espacial se desenvolveram outras tantas, que se integraram posteriormente ao cotidiano de uma grande parcela das populações. Foi historicamente também mais uma ocasião na qual o governo norte-americano tomou para si a representatividade das demais nações.

A missão conseguiu cumprir a meta definida pelo então presidente John F. Kennedy, que num discurso em 1962 havia estabelecido até o fim daquela década como sendo o prazo para que o programa espacial dos Estados Unidos enviasse um homem ao nosso satélite natural.

Uma foto para a eternidade
Ao sair do módulo lunar Eagle (Águia, no inglês – um dos símbolos oficiais dos EUA), há 40 anos, foi Armstrong que pronunciou em nome de seu país a expressão: “Um pequeno passo para um homem, um salto enorme para a humanidade”; assim como a bandeira fincada em solo lunar pela missão Apollo 11, e repetida pelas cinco missões seguintes (Apollo 12, 14, 15, 16 e 17), foi a norte-americana. Em período de Guerra Fria, os Estados Unidos explicitamente indicavam sua decisão de guiar os países alinhados à sua política e rivalizar pelo domínio global contra o eixo comunista.

Não é de se negar que a presença humana além do globo terrestre tenha trazido grandes proveitos para a humanidade, mas apenas para alguns poucos houve um grande salto. Enquanto esses podem ostentar um programa aeroespacial, outros tantos, daqui da superfície terrestre mesmo, continuam nos pequenos passos em busca do mínimo necessário para o sustento de seus concidadãos.

Além disto, até quando os EUA vão continuar se apregoando os líderes mundiais, com direito a proferir o voto final sobre o destino de todos? O saldo, no fim das conquistas, pode ter sido satisfatório, mas faltou combinar a divisão do espólio. A lógica, por enquanto, permanece ainda a mesma: “Ao vencedor, as batatas”.

Os Twittonautas e a busca pelo Velocino de Ouro

A preocupação desmedida em ser ilustre no TwitterA rede social de microblog Twitter cresce exponencialmente no mundo virtual em número de seguidores e conteúdo circulante. Nessa esfera, na qual todos possuem algo a dizer e pretendem ser ouvidos por isso, algumas das vezes a jornada empreendida por muitos para alcançar metas pessoais se torna uma verdadeira odisséia. Basta saber agora se você também já embarcou nessa viagem.

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Navegar pelo oceano da twittosfera é algo puramente trivial, mas o esforço depende, em muito dos casos, do destino ao qual se pretende chegar. Para alguns twittonautas, o uso da rede se traduz em simplesmente poder dialogar com amigos, mostrar a rotina, expor preferências, indicar matérias interessantes encontradas no território circunvizinho do Twiter na internet ou mesmo divulgar conteúdo produzido pelo próprio autor. Para tantos outros, no entanto, já não basta mais responder a pergunta cabal “O que você está fazendo agora?”, mas recomendar “O quão prazerosa é minha vida agora!”.

O anseio por tornar aos olhos alheios que aquilo que se faz, lê, consome ou diz não somente é agradável como deveria também ser fruto de desejos e aspirações dos demais, faz-se necessário que esses twittonautas recorram aos múltiplos meios possíveis, desde o sorteio dos mais variados artigos na rede ao uso de scripts que permitem aumentar o número de seguidores no Twitter. Feitos esses engenhosos que são articulados para certificar a vitória nos desafios que serão encontrados pelo percurso. No fim da história, o que desejam puramente é se tornar célebres por intermédio do veículo, fazendo-o de mecanismo para instigar, ou mesmo alargar, um pretenso sucesso e notoriedade.

Pretendendo desbravar os mares em direção a um longínquo reino para a conquista do Velocino de Ouro, tesouro de natureza inigualável trazido por Mercúrio até os humanos, Jasão reuniu os 50 mais ilustres homens de sua época para realizar a tarefa. Mas qual seria o critério então utilizado para se conceituar e graduar a fama de cada indivíduo? Quais seriam os predicativos que tornariam uma pessoa merecedora de altivez?

Twittonauta que se preze não necessita ser afoito e se vangloriar que conquistou o seu prêmioSe em sua expedição o lendário grego buscava tripulantes para a sua Argos que fossem possuidores de destreza apurada, coragem considerável e intelecto conspícuo, as circunstâncias de nobreza hodiernamente têm outras procedências. Mas em todos os casos foi o critério qualitativo que prevaleceu, e não simplesmente o quantitativo. Uma grande quantidade de indivíduos não garante uma batalha, mas sim as suas qualidades pessoais.

O que fez perpetrar o engano na crença que a obtenção de grande número de seguidores, ou leitores, na rede social garantiria importância ao indivíduo é a tradicional visão mercadológica, na qual os números indicam a gradação de uma marca. De modo que, se para se vender um produto, talvez seja suficiente um bom número de clientes com poder aquisitivo, se a intenção for vender uma ideia, tal critério já fica sobrepujado e não rende como esperado.

Na mídia tradicional, por sua vez, o foco deixa de ser a mensagem transmitida para se valorizar unicamente o agente que a transmite. Mas com o advento das mídias modernas, como a Web 2.0, a lógica se reverte. É preciso, aprioristicamente, que o interlocutor possua mérito, ter autoridade de pensamento naquilo que expõe. O que passa despercebido no processo por muitos navegantes desavisados, que acabam por despencar no abismo da ignorância. Assim, muitos twittonautas de primeira viagem, acostumados com os clássicos modelos de mercado e de mídia, logo acreditam que ainda estão navegando nos mesmos mares de antes.

Não é correto interagir com o público tratando-o como uma mera massa acéfala, que se move seguindo comandos predeterminados por fatores de terceiros. Ele deve ser compreendido ressaltando sua individualidade inerente e que possui raciocínio próprio, independente. Existem questões que são dificilmente quantificáveis, as quais o cálculo numérico não traduz a sua correta descrição.

Twittonauta atento, a seu turno, é aquele que não se deixa iludir pelo ouro de tolo do anseio da popularidade na manipulação numérica. É aquele que compreende que a conquista de relevância na twittosfera não se trata de uma campanha para satisfação de um ego eloquente e voraz, mas de uma jornada pela realização merecedora de um agente que possui boa capacidade argumentativa e de articulação de ideias, de uso adequado da linguagem, irreverência e criatividade, assim como credibilidade no que transmite. Não é preciso ser um especialista num dado conteúdo, mas ter uma postura que garanta confiança com quem se dialoga. Em suma, é a busca pela garantia de relevância comunicativa, que privilegia o potencial crítico de toda pessoa, ao contrário da elitização, ou cultuação, de um indivíduo como símbolo de heroísmo, ou, em termos atuais, de celebridade.

Pintura de Erasmus Quellin

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